terça-feira, 22 de novembro de 2011

Preconceito I











Preconceito há, e das formas mais variadas possíveis. Apresente uma pessoa íntegra, correta, honesta, de reputação moral ilibada e eu duvidarei que ela exista! Brincadeira.

Qualquer pessoa, por mais correta que tente ser, traz em seu patrimônio genético um ranço, uma carga de preconceitos que não será a mais devastadora onde de politicamente correto que fará sumir a carga latente em nós para sermos preconceituosos.

Coisas simples, como a popular expressão "programa de índio", "deu branco", e outras mais, de tão consolidadas que estão no nosso universo diário não serão descartadas de uma geração para outra, quanto mais no tempo atual. Não adianta, não se mudará com poucos anos.

Se até hoje há idiotas que veneram Hitler e sua política vesga (outro preconceito) de "limpar a raça" (detalhe: como um austríaco conseguiu governar a Alemanha?), não será por meio governamental (leia-se legislação) que se encerrará com séculos de preconceitos.

Enquanto a máquina de chapinha for a melhor amiga da mulher, e se vender tintura loura no Brasil, o preconceito racial perdurará. Se não houver um direcionamento único sobre de que forma devemos tratar o preconceito, ficaremos presos a movimentos isolados e tão preconceituosos quanto o aquele que pretendem exterminar.

Experimente usar uma camisa com os dizeres "Orgulho Branco", ou tente instituir um "Dia da Consciência Suíça" para ver o que acontece, seu racista degenerado e violador dos direitos da minoria!

Houve muito avanço, mas de fato ainda há muito a ser percorrido. O que temos hoje é o racismo ao contrário. Ninguém chama outra pessoa, ou faz referência a ela como "preto", "negro" e congêneres. É sempre o "moreno", ou, para os mais corajosos, "moreno escuro". Tudo por puro medo de não saber lidar com o fato de que a pessoa é negra, e que não tem o menor problema em chamá-la assim. O preconceito não está na cor, mas na forma como a tratamos.

De outro lado, todo asiático é "japonês" e os brancos só são chamados de forma pejorativa, como "branquelo", por exemplo ou "pimentão" quando vai para a praia. E não se vê reação contra esse tipo de atitude. É preciso escancarar a coisa e parar com a falsidade. Precisamos eliminar TODA forma de preconceito, ou isso não vai dar certo. E não há que se falar em minoria, ou classe pobre como justificativa para tratar primeiro de um tipo de racismo e depois de outro. Somos todos humanos e todos iguais. Ou o racismo é combatido severamente em todas as frentes, ou nunca acabará.

 

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